sábado, 27 de fevereiro de 2010

Há Momentos – Clarice Lispector


Há momentos na vida em que sentimos tanto
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.

Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.

As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que aparecem
em seus caminhos.

A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.

O futuro mais brilhante
é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.

A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar
porque um belo dia se morre.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

O PODER DO DINHEIRO NA SOCIEDADE


Na complexa trama que rege a sociedade, podemos perceber que a cada dia o dinheiro está sendo o grande “carro chefe” que dita as regras da vida dos homens. Inebriados e perpassados por essa dinâmica do Capital, sentimos cada vez mais o apelo ao consumo, ao acumulo excessivo e desenfreado de riquezas financeiras.


Nesse contexto, coisas que durante séculos foram tidas como essenciais estão sendo colocadas à margem em favor das necessidades mais imediatas e do conforto que o dinheiro pode nos proporcionar. Partindo dessa perspectiva poderíamos nos perguntar: “Qual lugar o dinheiro ocupa nas nossas vidas?”.


Esse questionamento apesar de simples pode gerar inúmeros conflitos internos nos indivíduos a partir do momento que eles partindo de uma reflexão honesta, cheguem ao diagnostico que estamos transformando-nos em meras máquinas de produzir dinheiro. Nos entregamos ao que dita o mercado e o sistema e vamos deixando de lado coisas essenciais como as amizades, o amor, a honestidade, a ética, a fé, a esperança.


A cada dia que passa, vemos com clareza que nossas esperanças estão sendo depositadas no dinheiro: “Eu tenho, eu posso!”. O dinheiro tornou-se sinônimo de poder, com ele podemos comprar tudo e todos. Para alcançarmos esse “ter” tão valorizado e essencial como o próprio ar que respiramos, não medimos esforços, mesmo que para isso tenhamos que passar por cima de todo o conjunto ético que pela tradição social nos foi legado por aqueles que nos antecederam. A ética tão necessária para a sustentação coerente de uma sociedade está ameaçada, sua rigidez está sendo lapidada para ceder lugar a uma “ética maleável”, conceito esse último que seria contra tudo aquilo que os filósofos pensaram.


As amizades estão sendo construídas quase como são traçadas as relações comerciais, sendo que os sujeitos estão na maioria das vezes interessados em saber com clareza em quê serão beneficiados. O amor se banaliza a cada momento, não se busca mais uniões que possam servir de amparo durante os momentos de intempéries da vida, onde se possa compartilhar as alegrias e construir uma descendência. Tudo está muito solúvel, estamos regredindo aos tempos onde os matrimônios se faziam baseados em relações financeiras de interesses, no qual se buscava consolidar riqueza ou interesses políticos entre famílias poderosas.


Acredito que seja oportuno salientarmos as concepções de Zigman Bauman, quando ele afirma que estamos vivendo no mundo do líquido, onde tudo é passageiro e nada é sólido. As relações sociais acabam por está sendo costuradas pela linha do lucro e do beneficiamento próprio e imediato. Os sujeitos estão tornando-se fragmentados, sem identidade, sem raízes.


É essa falta de identidade que está gestando grande parte dos problemas da nossa sociedade. Não há mais uma identificação entre os homens, parece que a caridade foi sepultada e descansa sob uma fria lápide. Perdemos a capacidade de nos condoermos com os problemas dos outros, de sermos solidários com aqueles que precisam, de lutarmos por objetivos concretos e uma sociedade melhor e mais igualitária. Será se não estamos decretando o fim dos nossos sonhos?


A partir do momento que o dinheiro e o poder que esse proporciona está sendo a meta de nossas vidas, a grande razão de vivermos, estamos automaticamente decretando a nossa mesquinhez espiritual e mental. Claro que o dinheiro é necessário para sobrevivermos em sociedade já que, estamos regido por um sistema capitalista que baseia-se nesse como mola mestra, mas não podemos colocar o dinheiro acima de todas as coisas e supervalorizá-lo.


Enquanto permanecermos colocando o dinheiro como o nosso deus não teremos como construir um mundo melhor para se viver, e estaremos adentrando de forma mais rápida no poço do individualismo que gera solidão e depressão, distanciando-nos de nossa própria essência que é o amor. Devemos ser senhor do dinheiro e não deixarmos que esse se torne o nosso senhor e vivamos em função dele. No momento em que tomarmos consciência disso estaremos promovendo uma incipiente revolução social e galgando a construção de uma sociedade melhor de se viver.

Prof. Wescley Rodrigues




terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

AS MARCAS QUE EU NÃO VIA - ALESSANDRA SAMADELLO


A marca de tua mão
A marca no pé frio
A marca de sua fronte em dor
Concede-me viver.

A marca que sangrou
Correndo como um rio
Regava de esperança e paz
Meu frágil coração.

Meu Deus me explica esse amor
Meu Deus que dor
Sua vida por mim entregou
Meu Deus me explica esse amor.

A marca que eu não via
Meu coração tocava
E pela morte me guiou
E então me sustentou.

Começo a entender
Tão grande sacrifício
Pois hoje sei que pela dor
Recebo seu amor.

Meu Deus me explica esse amor
Meu Deus que dor
Sua vida por mim entregou
Meu Deus me explica esse amor.

Só agora posso ver tua dor meu Cristo
Por seu sangue fui ressuscitado então
Que honra é poder te conhecer
Ser então pregado ao seu lado.

Meu Deus me explica esse amor
Meu Deus que dor
Sua vida por mim entregou
Meu Deus me explica esse amor.
Me explica esse amor
Meu Deus que dor
Sua vida por mim entregou
Meu Deus me explica
Meu Deus me explica
Meu Deus me explica esse amor.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

PARAIBANO


PARAIBANO não se diverte, ele "bota pa decê"!
PARAIBANO não é distraído... é apombaiado!
PARAIBANO não vai em festa... ele vai pra bagaça!
PARAIBANO não vai com sede ao pote... ele vai com a bixiga taboca!
PARAIBANO não vai embora... ele vai pegá o beco!
PARAIBANO não diz "concordo com vc" ... ele diz "Né isso, omi!!!!"
PARAIBANO não conserta... ele imenda!
PARAIBANO não bate... ele "senta-le"a mãozada!
PARAIBANO não bebe um drink... ele toma uma!
PARAIBANO não joga fora... ele rebola no mato!
PARAIBANO não é sortudo... ele é cagado!
PARAIBANO não corre... ele faz carrera!
PARAIBANO não ri... ele se rasga todo!
PARAIBANO não brinca... ele mexe!
PARAIBANO não pede 1 um copo de cachaça... ele pede logo o garrafão!
PARAIBANO não toma água com açúcar... ele toma garapa!
PARAIBANO não exagera... ele alopra!
PARAIBANO não percebe... ele dá fé!
PARAIBANO não vigia as coisas... ele pastora!
OXE...O CABA DA PESTE é O TAL DO PARAIBANO!

O Sonho - Clarisse Lispector


Sonhe com aquilo que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que quer.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.

As pessoas mais felizes não tem as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades
que aparecem em seus caminhos.

A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passaram por suas vidas.