Quantos de nós com o nosso “achismo” e “centralismo”, como se o mundo girasse em torno do nosso umbigo, não percebemos que no nosso entorno há problemas maiores, pessoas que não estão preocupadas com a roupa que vão vestir, o perfume e maquiagem que usarão, ou a festa da noite e as notícias que serão vinculadas nas colunas sociais.
Há pessoas que estão lutando por uma coisa de extrema valia, a VIDA, dom tão supremo, tão valioso que todas as riquezas do mundo não pagaria uma vida humana. No entanto, a cada dia a vida está sendo banalizada. Estamos perdendo a nossa capacidade de se condoer com o sofrimento do outro, de chorar as dores do nosso irmão. Infelizmente estamos perdendo o nosso espírito de fraternidade.
Somos mais do que roupas, poder aquisitivo, grau de instrução... Parece que estamos ficando tão bitolados que estamos perdendo a noção dessa verdade universal, imutável! Esquecemos que antes de tudo somos irmãos, independente do credo religioso, pois somos parte de uma mesma família, mesma espécie.
É evidente que não é a futilidade do cabelo que faz falta a criança da foto, mas sim a saúde, o direito que quando ela nasceu lhes foi dado de viver, de correr pelas ruas, campos, praias, sorrir com os seus, ser embalada nos braços dos que ela ama, cair e chorar como qualquer criança da sua idade.
As lágrimas dessa menina veem carregadas de dor, não a que seria própria para a idade dela, mas a dor do mundo dos adultos, a dor que sorrateira e ladrona invade o mundo mágico dessa idade para tentar ceifar a sua vida. Seus olhos só pedem para viver, unicamente e exclusivamente isso, viver.
Nos seus ombros frágeis caí um peso maior do que eles, e ela, com sua fragilidade, vai levando com coragem; talvez com um sorriso no canto da boca que nos ajuda a pensar como somos felizes por estarmos vivos e saudáveis.
Meus caros, se você por um momento, através da visualização dessa imagem, não foi capaz de se condoer com o sofrimento dessa criança que representa a dor de outras milhares, preocupe-se, porque tu estas deixando de ser humano e tornando-se uma máquina sem capacidade de ser dotada de sentimento.
Digamos um sim a vida. A cada amanhecer agradeçamos a nova oportunidade de contemplarmos a chance que nos é dada!